Por Thomaz Antonio Barbosa
Bolsonaro agiu rápido e antes do pedido de demissão coletiva, exonerou os generais. Antagônicos à politização dos quartéis, os três alegaram sair do governo por não aceitarem contrariar a Consiução Federal.
O que não se pode negar é que a crise entre os militares causou uma celeuma absurda no governo, o tudo ou nada de Jair Bolsonaro dividiu as forças armadas, assustou o mercado e a população.
A obsessão do presidente por intervir nos estados, para ele a salvação do seu governo decadente, tem causado desconfiança nos empresários, fazendo aumentar o risco político e, inversamente, as expectativas de melhorias no panorama nacional diminuem aceleradamente.
Contrariando a escrita, quando há competição eleitoral o pais tende a melhorar, pois o governo cria políticas para agradar o povo, ao contrário, Bolsonaro age em função do poder pelo poder, bensuntado pelos seus devaneios, alimentado por um ciúme desenfreado da onda “Lula livre”.
A pergunta recorrente é “onde Bolsonaro quer chegar?”, resta saber se o mandatário em chefe terá apoio dos militares que substituiram os demissionários.
O que se pode afirmar é que ninguém sabe a cor do gato de Alice, tão pouco onde a estrada vai dar. Exatamente quando o pais mais precisa de democracia cresce o autoritarismo do presidente.
E agora?
Até ontem os militares tinham definido uma linha a não ser ultrapassada, mas um homem encurralado atira para todos os lados, tomara que o último disparo seja no pé da equipe política e não na própria cabeça do franco atirador.
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