Apesar da resposta imediata dos comerciantes do Amazonas ao decreto do governador Wilson Lima, a categoria de bares e flutuantes amarga um ano de prejuízos incalculáveis. A queixa não está relacionada aos cuidados com a infestação da doença, mas com a forma que o problema é tratado por parte do governo do estado:
“Só quem estava reclamando eram os donos de bares e flutuantes, pois eram os únicos afetados, mas agora ele (o governador) mexeu com todos os ramos de atividade. O que está acontecendo (as manifestações) é uma luta que estou enfrentando desde o inicio da pandemia. Um ano tem doze meses, e eu funcionei durante cinco destes, os outros sete fiquei com o bar fechado, mas garantindo os empregos”
Ana Cláudia Soeiro, anfitriã do Bar do Armando
A queixa se mantém na orla do Tarumã-Açú onde os donos de flutuantes reclamam amargamente dos prejuízos causados pelos decretos governamentais durante esse período de pandemia. A atividade tem sido muito afetada pelos atos do Administrativo:
Estamos parados desde setembro, os que insistem são multados. A categoria é formada por pequenos empresários que não tem capital de giro, o que entra é investido diretamente na manutenção, nos serviços de terceiros e na mão de obra. Com os decretos, além de não haver faturamento, somos obrigados a cancelar e devolver as reservas, o que torna o prejuízo bem maior. Essas medidas do governo prejudicam também os ribeirinhos que se beneficiam da atividade, as associações de barqueiros e os trabalhadores informais, por exemplo, que têm somente essa fonte de renda para sobreviver. A gente entregou o nosso Protocolo de Segurança ao Comitê Gestor da Covid-19 e também para o governador e não foi dada atenção devida. Inclusive ele (Wilson Lima) prometeu liberar os flutuantes de aluguel e não cumpriu
Josiane Faraco, Secretária da Afluta – Associação dos Flutuantes do rio Tarumã-Açu
A categoria de bares e flutuantes aguarda uma reunião exclusiva do governo do estado e do comitê Gestor da Covid-19 com a ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – para tratar do assunto. Por enquanto, segue o que ficou estabelecido ontem (26) na reunião como os comerciantes do Amazonas, após as manifestações e os protestos de rua.
Imagens: G1 / Divulgação