

Por Thomaz Antonio Barbosa
Sem delongas sobre a questão Yanomami, esse povo sofre hoje um extermínio bem planejado por Bolsonaro e seus cúmplices, onde Dalmares e o general Mourão são peças fundamentais na construção de um governo genocida.
Bolsonaro nunca escondeu de ninguém, desde quando era deputado, seu desejo totalitário, de comandar uma ditadura fascista, criminosa, sanguinária, vil, no Brasil. Todo os seus quatro anos de governo foram dedicados a dar um golpe de estado.
Em discurso de campanha ele dizia que quando “chegasse lá” faria tudo para que todos os brasileiros possuíssem uma arma, que em seu governo não demarcaria “um centímetro” de terras para índios e quilombolas.
De posse da faixa, ele se cercou dos piores exemplares nacionais, representantes dos maiores segmentos parasitários desse país. Entre seus assessores estava o general Mourão, do lado dos militares, e Dalmares, a mulher que viu Cristo na goiabeira, da corrente evangélica.
Ele representando a opressão a armada e ela, a psicológica. Em nome de Deus, da família e da pátria eles se lançaram à aventura de tomar o país, revogando as disposições contrárias, diga-se exterminando os que não faziam parte dos seus e os que não compactuam com suas sanhas extremistas.
A pandemia do Covid-19 veio de bom grado, os pastores controladores das aldeias indígenas atiçaram os caciques e seus povos contra os vacinadores, mesmo assim o vírus não cumpriu o papel que os genocidas do governo Bolsonaro pretendiam.
Então, o jeito era acelerar a desindustrialização do Brasil e com ela o investimento maciço em exploração ilegal de madeira e minério, sob o controle das Forças Armadas. Bingo, a febre dos garimpos, manchou a selva de sangue, o Ouro Vermelho voltava a ser a arma de extermínio dos povos originários.
O que Bolsonaro não conseguira com os pastores de Damares, estava obtendo pleno êxito com os militares de Mourão. Dessa forma o Brasil regredia no tempo e voltava a ser uma colônia de exploração de seus recursos minerais e não mais uma nação.
O ouro, provavelmente extraído ilegalmente, era negociado em gabinete, por pastores e ministros, enquanto índios morriam de fome em seus territórios, sob o olhar complacente de quem tem o dever de guarnecer, proteger a pátria.
Não há como negar a participação dos militares brasileiros nesse projeto sórdido de extermínio dos povos originários, se a coisa chegou a esse ponto, no mínimo, devem ser responsabilizados por negligência diante do fato.
Lula sentou na cadeira
O extermínio dos povos yanomamis, depois do desastre de 08 de janeiro, deverá contribuir para o presidente Lula sentar definitivamente na cadeira, afastar a insegurança de uma nova tentativa de golpe, começar a tomar rédea do poder que a vitória nas urnas lhe confere.
Serviu para o presidente ganhar fôlego e fazer a sua primeira visita como estadista da América Latina, tirar os pés do Palácio, enlameado pelos ataques terroristas comandados por Bolsonaro, um tirano que insiste em tomar o Brasil para si.
Não há como retroceder na defesa da democracia, do combate à fome, da igualdade racial e religiosa, como também é impossível esquecer da necessidade urgente de desarmar os gatilhos do genocida, seus cúmplices e aliados.
A questão dos Yanomamis é a ponta do iceberg de um Brasil que voltou no tempo, destruído por um governo sanguinário, esfomeado, irresponsável e inconsequente.
Lula, em princípio, precisa exterminar a fome e reconstruir a pátria, em seguida, arrancar todas as sementes deixadas pelo genocída, matar o mal na raiz, antes que ele destrua o país inteiro. É isso!
Justiça para os yanomamis, dignidade para o povo brasileiro!!!
Sim, as raízes do genocídio desse povo Yanomami se estruturam no desgoverno do Bolsonaro. Foi um período de total descaso declarado pelo próprio ex-presidente, tornando um Estado ausente.
Perfeitamente.