Muito além do paradigma
Por Thomaz Antonio Barbosa
No Brasil ainda existe o estereótipo ou preconceito de que para ser índio tem que usar cocar, se pintar de urucum, andar nu ou vender miçangas nas esquinas das grandes cidades.
Porém, se frequenta universidade, vai ao happy hour, viaja de trem ou avião, fala uma língua estrangeira, possui um cartão Master Class ou mora em um condomínio fechado não é mais índio, é um espertalhão, não merece exercer os benefícios constitucionais a eles assegurados.
Ora, minha gente, indígena é etnia e não condição social ou concepção de vida, necessariamente não precisa de pirotecnia ou obrigatoriamente viver no limbo, sem o direito de usufruir dos bens sociais.
É inimaginável na sociedade brasileira, dita plural e igualitária, uma Ferrari parar em u...