Por Thomaz Antonio Barbosa
Novamente o PT volta a protagonizar o debate político nacional, ocupando o lugar que deixou vago, porém ainda não preenchido, apesar dos pesares, das prisões e dos impeachments.
Com a sagacidade que lhe fez o maior líder de esquerda desse país, Lula lança Haddad candidato a presidente da república e deixa a oposição em polvorosa.
Genial, pois dessa forma Lula fica na sombra, cuidando de limpar seu nome, na tranquilidade de um anônimo, enquanto Fernando Haddad mantém o PT na crista do debate.
Passado todo o alvoroço é mais fácil substituir o nome e, com certeza, vai acontecer aquela eleição interna, o PED, de onde o vencedor sairá fortalecido para enfrentar as urnas com a unidade do Partido.
Dessa vez o PT sai na frente de novo, mas com o plano B, enquanto o plano A sempre foi e sempre será o Lula que nesse momento trava uma batalha judicial.
O mais interessante em tudo isso é a reação das esquerdas, com seus discursos evasivos de viúva traída, chamando para a velha “discussão ampla”, um possível plano de governo e enfrentamento do inimigo, com a malfadada união dos partidos que compõe o bloco.
Balela, não há tempo para essas coisas. Sabedor de tudo isso, catedrático no assunto, Lula ordena para Haddad “botar o bloco na rua”, enquanto ele prepara o desfile principal.
Em uma coisa vamos concordar, os caras não são bobos, o PT ainda protagoniza a cena política brasileira e Lula não morreu!