Um espaço que era ocupado apenas por homens, vem ganhando cada vez mais adesão feminina a cada eleição que acontece. Jovens mulheres com experiências profissionais que pesam, formação acadêmica consolidada de causar inveja em muitos políticos veteranos que se quer têm o nível superior, estão se mobilizando na busca por uma vaga seja no Executivo ou Legislativo estadual.
Teremos no Amazonas a primeira candidata mulher a disputar o cargo de governador: a defensora pública Carol Braz que traz na bagagem a experiência jurídica e a vivência das ruas dos tempos em que foi titular da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc). A pré-candidata do Partido Democrático Trabalhista (PDT) procura angariar o apoio das suas pares de gênero com o slogan “Mulher deve votar em mulher”. A estratégia não tem sido muito eficiente quando levantamos a representatividade feminina em Brasília. Na Câmara dos Deputados, elas são apenas 15% e, no Senado Federal menos ainda, 12%.
Na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), no entanto, a presença delas pode se tornar expressiva por causa da nova geração, que abusando das redes sociais, da vitalidade, da juventude e, principalmente, de outras bandeiras, além do gênero, podem conquistar mais assentos. Atualmente, das 24 cadeiras, cinco são ocupadas pelas mulheres que, pela primeira vez em 169 anos de história, possui cinco deputadas.
Dutoranda
Doutoranda em Ciências Empresariais e Sociais pela Universidade UCES de Buenos Aires, a advogada Débora Menezes, 27, está, pela primeira vez, pré-candidata a deputada estadual pelo Partido Liberal (PL). Embora jovem, Débora possui uma formação acadêmica sólida, com especialização em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário, Política e Estratégia e MBA pela PUC.
No currículo, além de ter passado pela iniciativa privada, atuando como advogada, Débora Menezes foi vice-presidente da Comissão de Defesa e Desenvolvimento Econômico, Estratégico e Sustentável da Amazônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), foi presidente do partido Patriota Mulher, e, hoje, é presidente da Comissão Empresarial de Direito Empresarial da OAB-AM.
“Acredito na força da mulher na política e que somos capazes de muitos feitos exitosos. Entrei na política há algum tempo, atuando sempre nos bastidores, mas somente agora sinto o chamado para participar como protagonista. Acredito que o jovem tem esse potencial de fazer a diferença, buscar a melhoria da qualidade de vida das pessoas e creio que poderei contribuir, no parlamento, para isso”.
Débora Menezes, Doutoranda em Ciências Empresariais
De Parintins para o mundo
Outra postulante a vaga na Aleam será a vereadora de Parintins, Brena Dianná (UB) que deverá relembrar na campanha o prestígio conquistado como Rainha do Folclore do boi Caprichoso, item admirado pelos homens e invejado pelas mulheres.
A vereadora vai apostar também na firmeza do discurso de oposição ao prefeito da Ilha Tupinambarana para se firmar como uma política jovem, destemida, mas com conteúdo e capacidade de liderar tanto homens quanto mulheres.
“A presença feminina na política traz um olhar diferenciado sobre problemas antigos que não foram resolvidos. Não é uma guerra entre homens e mulheres, mas a complementação em alguns momentos, críticas construtivas em outros e parceria permanente quando se tratar de resolver as demandas da população. Nós estamos neste processo de corpo inteiro. A política só ganha com a presença feminina em cargos no legislativo e executivo”.
Brena Dianná, vereadora de Parintins-AM
Mayara Dias, ex-miss Brasil e atual primeira-dama de Parintins, também deverá disputar o pleito e está pré-candidata pelo Avante. O anúncio foi feito pelo próprio prefeito Bi-Garcia.
Se Carol, Brena, Débora, Mayara e tantas outras pré-candidatas serão consagradas nas urnas eletrônicas, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa, se elas continuarem insistindo e se dedicando, no futuro, os cargos do executivo e do legislativo serão ocupados mais elas do que por eles, afinal a mulherada está desbancando os homens em muitos segmentos. Nas redações, por exemplo, quase 70% dos profissionais são mulheres. Neste ritmo, a justiça eleitoral terá de reservar vagas para os homens, os protegendo contra a presença intensiva delas.
Enviado pela Assessoria
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