A secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, disse na CPI da Covid que o chamado “tratamento precoce” para combater a doença cabe ao “livre arbítrio” dos médicos, com o consentimento dos pacientes.
O “tratamento precoce”, como defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, envolve remédios que não têm eficácia contra a Covid, como a cloroquina. Mayra é conhecida como “capitã cloroquina”, em razão das manifestações que fez a favor do medicamento.
À CPI, ela disse que o ministério nunca determinou o uso de cloroquina, mas sim estabeleceu uma orientação sobre “doses seguras”.
Mayara Pinheiro, Secretária Ministerial da Saúde
“O Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para a Covid. O Ministério da Saúde criou um documento juridicamente perfeito, que é a nota orientativa número 9, que depois virou a nota 17, onde nís estabelecemos doses seguras, onde os médicos pudessem utilizar medicamentos, com o consentimento de pacientes, de acordo com o seu livre arbítrio”..
Questionada pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), se ela foi pressionado pelo presidente para defender a cloroquina, Pinheiro respondeu que não.
“Nunca recebi ordem, e o uso desses medicamentos não é uma iniciativa minha pessoal”, disse a secretária.
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IImagem: Transmissão Globonews Senado / Pública