Conversa com Thomaz

Manaus protesta contra as mortes de Bruno e Dom

Por meio de entidades e lideranças indígenas, de partidos políticos e dos movimentos sociais, Manaus protestou contra o sumiço e a morte de Dom Phillips e Bruno Vieira. O ato aconteceu na tarde dessa quarta-feira, 15/06, em frente à sede da FUNAI em Manaus, na avenida Maceió, 224,  bairro de Nossa Senhora das Graças.

O ex-senador e ex-presidente da FUNAI, João Pedro Gonçalves, declarou que “esse presidente autoritário, genocida, é o responsável pelas mortes no Vale do Javari“.  A ex-senadora Vanessa Graziottin cobrou atitude do presidente Bolsonaro em relação ao caso, bem como, políticas de governo para a Amazônia.

Por parte das entidades da sociedade civil organizada, a advogada Mary Andrade, representante do MATI-AM, destacou que “Bolsonaro aparelha o Estado, usa a FUNAI para fomentar  politicas contra os indígenas, o Ministério do Meio Ambiente com politicas contra o meio ambiente, perseguindo ambientalistas, a Fundação  Palmares com politicas anti-negros, desvirtuando o papel dessas instituições“, disse.

A indígena Perpétua Suni Kukama fez um canto de protesto contra o governo e em favor da preservação da Amazônia, o que foi seguido pelo coro dos manifestantes.

O ponto alto da manifestação foi quando os participantes guardaram um minuto de silêncio em memória às vítimas, com velas acesas, com o trânsito paralisado em uma rua das mais movimentadas da cidade, às 18h.

A líder indígena Marcivânia Sateré,  organizadora do evento e ativista do movimento indígena do Amazonas,  destacou a necessidade de criar políticas de sustentabilidade para a Amazônia,  que privilegiem o olhar das populações tradicionais sobre o uso da terra.

É pela Amazônia que estamos aqui, uma Amazônia que tem sido vista pela perspectiva do agro, da exploração. Não é isso que os povos indígenas querem, nós temos alternativas sustentáveis para os nossos territórios

Marcivânia SATERÉ

No evento ainda estiveram presentes o deputado federal Zé Ricardo,  que também fez uso da palavra, o sociólogo Ademir Ramos, o líder sindical Herbert Amazonas, professores,  lideranças indígenas, comunitárias e representantes da sociedade civil organizada.

No final da tarde,  antes de encerrar o protesto, a Polícia Federal apresentou um suposto réu confesso do assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira.

Imagens: conversacomthomaz.com

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