A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde faz, nesta sexta-feira (10), mais um encontro para dar continuidade às investigações sobre a aplicação de recursos públicos no sistema de saúde do Amazonas durante a pandemia de Covid-19. Nesta sexta, a previsão é que a comissão apresente informações relacionadas às investigações sobre empresas que prestam serviços ao governo.
A reunião tem início às 10h, com transmissão online, e vai colocar em pauta a prestação de serviços por empresas via processos indenizatórios para o Governo do Estado, “tanto no Hospital de Campanha da Nilton Lins quanto em outras unidades de saúde”, de acordo com a Assembleia Legislativa do Amazonas.
Na última semana, membros titulares da CPI fizeram uma inspeção surpresa no Hospital da Nilton Lins, referência na capital para tratamento da Covid-19, e solicitaram dados sobre prestações de serviços.
Até o momento, a CPI da Saúde já aprovou 46 requerimentos, realizou três inspeções e concluiu 11 depoimentos. Concluiu, ainda, casos dos respiradores adquiridos durante pandemia no Amazonas, sobre qual repassou dados para que continuidade fosse dada pela Polícia Federal.
A CPI foi instalada dias após o Ministério Público de Contas iniciar investigação e cobrar respostas do governo sobre a aquisição de 28 respiradores pulmonares para a rede pública de saúde no valor de R$ 2,97 milhões. O MPC informou que o custo teve uma média de R$ 106,2 mil por unidade.
Desde o início dos trabalhos, a CPI da saúde já ouviu depoimentos de diversos ex-gestores ou pessoas com relação direta ao Governo do Amazonas. Há duas semanas, oito pessoas foram presas pela Polícia Federal em uma operação que investiga um esquema de superfaturamento na compra de respiradores pelo governo durante a pandemia.
Após a denúncia feita dentro da CPI de que o marido da – até então – secretária de comunicação do estado era sócio de uma das empresas investigadas, ela pediu exoneração do cargo. Presa pela PF, Simone Papaiz também foi exonerada do cargo de secretária de saúde do Amazonas.
Fonte: G1