Conversa com Thomaz

Governo quer comprar microssatélite de R$ 145 milhões para monitorar a Amazônia

(Alex Almeida / Veja)

Fonte: G1

O governo pretende comprar um microssatélite de R$ 145 milhões para fazer o monitoramento da devastação da floresta amazônica. O empenho da verba (quando o governo separa o dinheiro para um determinado objetivo) foi feito pelo Ministério da Defesa. A informação foi publicada em reportagem desta segunda-feira (24) do jornal “O Globo”.

Atualmente, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, faz o monitoramento via satélite do desmatamento da Amazônia por meio de alguns sistemas. O principal deles é o Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, criado em 2004.

Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, foi questionado sobre a compra do microssatélite. Para ele, o Brasil tem que ter “soberania” no monitoramento da floresta via satélite.

“A Defesa está providenciando isso daí. Existe satélite japonês, existe satélite de outras nações aí que você compra a imagem, mas você não tem soberania. Faz parte do programa espacial brasileiro, está dentro da agência espacial brasileira”, afirmou Mourão.

“Ele [o microssatélite] completa a cobertura do Censipam [Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, ligado à Defesa]. Uma das antenas desse satélite será instalada aqui em Formosa [entorno de Brasília], e ela se estende até a nossa plataforma marítima”, completou Mourão.

Em declarações públicas, ele tem alegado que há desinformação sobre a Amazônia, citando as queimadas. Ele afirmou ainda que o país sofre pressão da comunidade internacional em torno da preservação da floresta.

O vice-presidente disse ainda que o novo satélite vai completar o sistema que o país já possui.

O pesquisador do instituto de pesquisa sobre a Amazônia Imazon, Carlos Souza Junior, explica que a tecnologia utilizada em microssatélites conseguem, de fato, gerar dados refinados sobre a área monitorada. Porém, para isso, é preciso ter vários microssatélites atuando em conjunto.

“Este tipo de satélite é que foi desenvolvido para ser lançado em dezenas, centenas em uma mesma área, formando uma constelação de satélites que consegue captar um nível de resolução mais fina da imagem monitorada”, explica Souza.

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