Aconteceu neste domingo, 04, a Assembleia Extraordinária da Associação das Mulheres Indigenas Sateré Mawé – AMISM, tendo como pauta a atualização do Estatuto e eleição da nova diretoria.
Na parte da manhã a Assembleia fez a aprovação do Estatuto; à tarde aconteceu a eleição, em chapa única, onde foi aclamada para mais quatro Sônia da Silva Vilacio, co coordenadora.
Segundo ela a associação “é importante na defesa de nossos direitos das mulheres, na revitalização e preservação da nossa cultura em Manaus, nossa língua materna, a autoestima e na afirmação como indígena”.
Quanto à sua gestão ela disse que “é preciso dar continuidade ao legado que dona Zenilda, que fundou a associação e coordenou até o final de sua vida, deixou. Também fortalecer e avançar com o trabalho que é preservar e manter a nossa identidade indígena” finalizou.
“É preciso que a gente se engaje nos movimentos, participe dos atos importantes para o país e nosso povo, das caminhadas; se qualifique no empreendedorismo, já que sabemos escrever um projeto, temos conhecimento, cursamos universidade, temos que avançar. Nosssa principal missão é estreitar o contato com as mulheres da base e fortalecer as daqui e as de lá. Quando regular o CNPJ será possível fazer novos projetos para contemplar mais pessoas”.
Samela Sateré Mawé
Nos discursos não foram poupadas críticas ao governo federal, onde o retrocesso nas questões indígenas foram o eixo das falas. Também foram lembradas as vítimas do Covid-19 e a importância das crianças.
“Eu digo às mulheres que passem para seus filhos sua cultura, sua tradição, terem orgulho de ser o que são, Sateré Mawé, guerreiros Sateré Mawé. São eles que vão levar pra frente nossa cultura; ensinar a eles comer comida do mato, o sapó, o mingau. Somos nós mulheres que vamos ensinar a eles, somos nós mulheres que vamos derrubar o Bolsonaro”
Sônia Regina Emy Sateré Mawé
O evento aconteceu no Centro do Empreendedor Indígena, Yandé Muraki, na Rua Monsenhor Coutinho, 259, centro de Manaus.
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Imagens: conversacomthomaz.com