

Por Thomaz Antonio Barbosa
É urgente a retomada da economia do país. A pandemia do Covid-19 não justifica mais o retrocesso econômico brasileiro, a corrida do ouro em detrimento ao ajuste fiscal, o crescimento industrial, o fomento aos setores de serviços. Todavia, inversamente a tudo isso, o que vimos até agora foi que o Brasil de Bolsonaro aposta na extração de madeira, na abertura de garimpos, nega a ciência e militariza o governo.
O velho oeste é aqui, o país agrário, de meados do século passado, ressurgiu em meio a um discurso de um patriotismo revoltoso, bélico-cristão, conservador, que aposta na recuperação das elites extrativistas, ditatoriais e carrancistas, em detrimento à precarização do trabalho formal, da urbe organizada, produtora e inclusiva.
O ano de 2022 será de ebulição política e de reflexão social sobre o destino de uma pátria com mais de 200 milhões de consumidores, com uma cultura industrial bem desenvolvida, com uma convivência de cidade enraizada em sua gente, ávida por viver, que sonha, que chora, se emociona, no entanto, ora dividida sobre qual caminho seguir.
O Brasil flerta em um jogo perigoso daquilo que deseja para o seu destino político, que impacta diretamente na democracia. Três anos decorridos do governo Bolsonaro e ainda não temos uma postura de crescimento da economia, uma planta norteadora que enfrentasse os dias ruins que vivemos, e que, tampouco, norteasse os que hão de vir. O tempo perdido em insultos, bravatas, rixas, contribuiu para as 600 mil baixas na pandemia da Covid-19 e nenhum tipo de avanço.
O Brasil precisa de novo se olhar de frente, o brasileiro, falar a mesma língua. O Amazonas é parte dessa engrenagem ruidosa e não ficara avesso ao processo de retomada do trilho do crescimento. Que se troque o maquinista, que se reinvente a ferrovia, mas vamos voltar a crescer, é isso o que todos desejam. A falta de representativa que vive o estado, de planejamento e de postura administrativa nos levou a uma ridícula e criminosa escassez de oxigênio no sistema de saúde pública e que não vai ficar impune!
O que se espera para o ano de 2022? Principalmente, que um revólver valha menos que um prato de comida, que vidas humanas sejam respeitadas, que o otimismo renasça nas pessoas, as esperanças se renovem e vençam o medo, as oportunidades se multipliquem e que a pátria se unifique e novamente volte a sorrir!
Imagem: O Globo