Por Thomaz Antonio Barbosa
Para quem achava que o drama do Flamengo por um treinador tinha acabado com a chegada de Sampaoli, pode tirar o cavalo da chuva, pois a tendência da coisa é piorar.
A equipe mostra um futebol honroso, um desempenho horrível e caminha para uma temporada sem títulos. Incrível como Sampaoli não consegue entender o perfil dos jogadores para poder dar um formato à equipe.
Os treinadores de hoje têm uma saudável mania de querer fazer o time jogar do jeito deles, e que o jogador se adapte aos seus modos de jogar, quando na realidade é o inverso. Ninguém faz suco de manga quando se tem ao dispor somente abacate.
O treinador tem obrigação de conhecer o perfil dos atletas para poder formar a equipe e definir o esquema de jogo. Rogério Ceni, Paulo Souza, Vitor Pereira, etc, e agora Sampaoli, a bola da vez, pensam diferente. Por isso eles dizem uma coisa na entrevista e o torcedor vê outra em campo.
E assim, de contradição em contradição as equipes vão vivendo e o futebol vai afundando. Contra o Fluminense, por exemplo, ele improvisou o Airton Lucas no meio campo para tornar o time mais ofensivo, deixando o Evertón Ribeiro no banco.
Sobre o paradoxo do argentino, tem um exemplo mais recente, apontado pelo comentarista Roberto Maurício Prado:
“Ele fala em intensidade e escala o Vidal. A escalação do Vidal hoje em dia é a maior prova que o Sampaoli está perdido no túnel do tempo. O Vidal não joga mais bulhufas”.
RMP
Esse negócio de transformar o goleiro em cabeça de área acabou com a carreira do Santos e destruiu o esquema defensivo do time, sem melhorar em nada o ataque, ao contrário, tem tomado um gol atrás do outro por erro na saída de bola.
Resultado, Sampaoli é hoje o maior adversário do Flamengo, com o privilégio de sentar no banco junto com o time, usar o uniforme, andar no ônibus do clube, ganhar uma fortuna e estragar a equipe, como se não bastasse, tem o poder de matar o torcedor de raiva.
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