
Venezuela e eu, 210 anos de Independência: Parte I
Por Thomaz Antonio Barbosa
De repente eu me vejo em missão na Operação Acolhida, Pitrig-AM, balcão OIM - Onu Migrações, com protocolos de residência. O trabalho começou pela mudança dos móveis, a acomodação da sala, a lavagem do tablado e, enfim, o atendimento aos migrantes venezuelanos.
No primeiro dia havia uma fila enorme na frente do posto, o desespero saía da fronteira e interiorizava no continente, chegando à Manaus. Nossos atendidos estavam ansiosos, inseguros, assustados, famintos por amparo, abrigo, dignidade e cidadania.
O Pitrig-AM era um mundo a parte, quem passava na Torquato Tapajós via a fila, sabia dos problemas recorrentes da Venezuela, mas não da dor de cada um daqueles, aquela individualizada, a que transforma o homem em lobo d...