Conversa com Thomaz

Maués,  turismo e amnésia cultural.O que precisa mudar?

*Por Miguel Pacheco

Sabemos, a construção de qualquer  indentidade  turistica, demanda  estudos, tempo e investimentos. Não acontece a toque de mágica. E não tem bala de prata. É uma rede de valores e requer  decisão politica  e um rigoroso planejamento.

Em 1993, com a implementacão da politica de turismos de eventos , na gestão do então prefeito,  Beto Michiles, Maués despontou para o Amazonas, como a mais nova vitrine no turismo. Suas  belezas naturais, praias  e  a pujância de sua arte e cultura atraia  milhares de turistas .

A força  e a beleza de  suas escolas de samba, somada à grande novidade  do Carnaval popular de ruas e praias e  a nova vedete, o concurso de Blocos,  ganhou o coração dos mauesenses e atraiu milhares de turistas.  Maués, se tornou o melhor carnaval de rua do Amazonas. E o turismo uma fonte alternativa de renda.

Ao longo do ano, eventos populares como, o dia do  indigena,  a Festa do Divino , a Festa da Preta   e até a criação da Festa da Farinha, trouxe  impacto positivos, despertou a credibilidade  e o interesse de empresas de turismo e  comunicação.  A estratégia deu certo, Maués, virou ” onda ” a nova vedete do turismo  no Amazonas. E o destino preferido dos Manauaras.

Mas era preciso ousar, ir mais longe, criar um calendário para todo o  ano. E assim ,  surgiu o l festival de Verão, um evento com a ” cara ” de Maués, cercada por praias parasidiacas. A cidade ganhou um colorido especial,  gente bronzeada,  feliz , esporte e alegria. Os empresários da rede hoteleira,  embarcações,   bares e restaurantes investiram e faturaram alto.

Com o sucesso do mais novo evento na praia- seu maior cartão de visita -, a mais tradicional e antiga Festa de Maués,  ganhou nova dimensão,  a Festa do Guaraná,  ” vestiu roupa nova” como se diz no turismo e  ocupou  pela primeira vez a  praia da Maresia.

Recheada de Atrações, com artistas locais e de nivel nacional, a terra do guaraná  consolidou sua  liderança como espoente no turismo no ano de 1993, gerando expectativas para o  futuro.

E foi assim  até 1997, quando encerrou a gestão Beto Miquiles/Sidney Leite. Milhares de turistas passaram pela terra do Guaraná,  vindos de Manaus, outros estados e paises.  Aviões, embarcações e iates chegavam sempre lotados na cidade.  Documentários televisivos, em jornais e revistas , deixaram Maués ainda mais famosa. 

Mas, no turismo, não há espaços para amadorismo. Faltou sequência, estudos e investimentos. Aos longo dos últimos 20 anos, pouco mudou. Nem mesmo  um  plano ousado, eventos novos.  Nem  investimento no aeroporto e no porto da cidade. E sem maiores planejamento, Maués, aos pouco foi perdendo espaços para outras cidades.

E pior,  seu calendário de eventos, vai  se esvaziando, à medida que não traz novidades e ainda fica à mercê de  intenções politicas,  como ocorreu este ano  com a  Festa do Guaraná e a não realização do Festival de Verão – uma espécie de amnésia cultural. É como apagar a história.  Uma pena. Maués,  merece muito mais.

Só um plano estratégico , ousado e criativo devolve a Maués, o sonho do turismo sustentável.  Um  desafio para uma gestão inovadora e futurista.


*O autor é jornalista e  graduado em Planejamento Turistico.

Nota:

1. Deixo claro, que no vai e vem da politica,  a Secretaria de Turismo,  não tem nenhuma responsabilidade neste arranjo.  Não depende dela certas decisões.

1. Com Carnaval  Popular de Ruas e praias, com a nova vedete,  concurso de blocos ,

Imagem: Folha de Maués Comunicações

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