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domingo, 5 de maio de 2024

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa completa 17 anos

Por Mary Jane Faraco de Andrade*

Neste domingo, 21 de janeiro, se comemora o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 2007. 

A data marca o falecimento da ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, símbolo dessa luta, perseguida durante toda sua vida, por conta da sua religião, sofreu violência fisica  culminando com sua morte.

A liberdade religiosa é garantida como  princípio fundamental no inciso VI, do Art. 5° da CFB.

A intolerância religiosa é uma das formas mais cruéis de preconceito manifestado  por meio da discriminação, da profanação e de agressões diretas.

O Brasil registrou no ano de 2023, oficialmente, 2.124 violações de direitos humanos relacionadas à intolerância religiosa,  um aumento de 80% na comparação com o ano anterior, com 1.184 casos, de acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (ONDH/MDHC).

Dados do  JusRacial revelam que somente em 2023 foram contabilizadas mais de  58 mil ações judiciais nos tribunais brasileiros, todas elas relacionadas à denúncias de intolerância religiosa.

A situação chama atenção de toda a sociedade brasileira  a uma profunda reflexão  em razão do aumento nos casos de intolerância religiosa que normalmente é acompanhada de racismo,  especialmente em relação aos praticantes das religiões de matrizes africanas, o que configura violação aos direitos humanos e afronta ao direito  constitucional de todo cidadão exercer  sua fé e a liberdade de  culto assegurados pela laicidade do Estado brasileiro.

*A autora é advogada trabalhista, secretária geral da AAMAT

Imagem: Rede Sociais / Divulgação

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