

Por Thomaz Antonio Barbosa
É impossível acreditar em uma famigerada crise econômica de baixo para cima, creditando a ela todo o sacrifício do cidadão, esquivando a máquina pública do epicentro da onda sísmica. Em qualquer análise primária veremos que o vilão do estado é ele próprio e seus aparelhos ideológicos famintos, o que remete ao arrocho que vivemos.
O estado precisa urgentemente diminuir os seus gastos. Senão vejamos: surge um novo tributo, a contribuição sobre pagamentos, e com ela vão os esforços do contribuinte, entretanto para reduzir as despesas do governo não há sacrifício. A máquina pública é o maior centro de consumo de recursos do país e não seus humilhados cidadãos.
No meio de tudo surge o Covid-19 e está sendo usado como pano de fundo de uma situação escrota para o povo suportar, desde os governos da esquerda festiva, agora se institucionalizada na direita conservadora. Nos dois cenários o credor tem sido o mesmo: o cidadão brasileiro.
A classe média paga seu preço por ser intermediadora do conflito ideológico. Ela e somente ela tem sido responsável por amortecer o choque entre a plebe e a burguesia, o que favorece o maior. Portanto, quem está em cima do muro toma tiro dos dois lados.
É possível encontrar uma saída para o país, entretanto, creio que pelo viés do discurso politico-religioso o caminho é mais longo, aliás, não terá um norte. Bem fez Sebastião de Carvalho e Mello, vulgo Marquês de Pombal, que baniu a religião do controle do Estado, senão seriamos ainda um feudo jesuíta, o que tememos agora nos tornar uma república neopentecostal.