

Por Thomaz Antonio Barbosa
Após os lançamentos das campanhas dos pré-candidatos Alberto Neto e Roberto Cidade, podemos dizer que a direita fecha o cerco à prefeitura de Manaus com quatro candidaturas. Além dos citados, temos Amom Mandel e o titular, rumo à reeleição, David Almeida.
Pelo campo da esquerda nem sinal de ventania aponta no horizonte. Entre os tradicionais partidos, PT e PCdoB, além do camarada Eron Vezerra que se lançou candidato, não há movimentação acerca de uma proposta política clara e objetiva para enfrentar a hegemonia hoje nas mãos de David Almeida e Wilson Lima.
Os males são muitos, a cura é pouca, o antídoto não vem – nem virá – das prateleiras vazias da resistência histórica do estado. É que na guerra se vive dois momentos distintos, o primeiro é o ideológico, o segundo é aquele em que o soldado luta pela própria sobrevivência, a esquerda do Amazonas vive esse.
Tem luz no fim do túnel? Sim, a do abismo. A esquerda perdeu a sua face, seus personagens lutam por cargos, projetos pessoais e não coletivos; não dialoga, sequer se renova, por conseguinte, não terá envergadura para se reinventar. Vencer a lei da gravidade é tarefa difícil.
A solução não se vê a curto prazo, mas é urgente que aconteça. Falta coragem, ousadia, senso prático, o tão proclamado projeto coletivo de poder. Portanto, nquanto a esquerda amazonense se pegar no “farinha pouca, meu pirão” vai está esquecendo do “um mais um é mais que dois”, a direita agradece e o inverno dará lugar a uma longa estiagem!
Imagem: BNC Amazonas