

*Por Miguel Pacheco
É sempre assim, eles surgem do nada no periodo eleitoral, financiam torneios de futebol, reformam ramais, pontes, doam telhas, madeira e distribuiem ranchos. E nem sempre são candidatos prá valer, são os famosos ” laranjas “. A função é dividir a oposição e favorecer a situação.
Esses salvadores da pátria, indinheirados, transitam sem nenhum excrúpulo e constragimento, assumem essa condição de ” negociadores ” dos votos, “seduzem lideranças populares e até possiveis candidatos a vereadores.
O pior, tudo isso ao arripio da lei e da justiça, sem ninguém ser incomodado.
E todos sabem, o leilão dos candidatos ” binga”, quem paga mais.
Os ” sortudos ” agraciados com a oferta, juram que tudo é em nome do coletivo. Passada as eleições, tudo volta como antes, o abandono e o sofrimento.
O pobre eleitor, vitima fácil de um processo alianante, sem a consciência do poder do seu voto, capaz de promover mudanças, faz a opção pelo ” negócio” de véspera, um beneficio ou uns trocados. Uma ingênua ilusão.
Cabe aos que defendem a eleição limpa e transparente, o desafio e o dever de denunciar essa prática que macula e põe em suspeita o processo eleitoral.
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Ao eleitor, cabe rejeitar nas urnas esses candidatos ” mercadores do voto ” e dizer não, a essa politica nefasta que envolve grandes cifras e condenam o Careiro ao abandono, ao subdesenvolvimento. E o povo, a viver das sobras e favores dos poderosos.
*O autor é jornalista e presidente do PCdoB no Careiro.