Por Thomaz Antonio Barbosa
Mesmo sem deter nenhum cargo eletivo, o Coronel Menezes, ex-militar e compadre do presidente Bolsonaro, já está envolvido em um daqueles episódios deploráveis da vida pública, juntamente com o prefeito David Almeida.
A troca de ofensas entre eles mostra um jogo de conchavos, rasteiras e acusações ruim para a imagem dos envolvidos, descredibiliza a atividade política e atrapalha o desenvolvimento da nossa cidade.
O que o Coronel Menezes precisa saber é que o David tem direito a suas escolhas, que fazer esse jogo de virgem no lupanar não vai convencer o eleitor amazonense daquilo que devia um candidato a senador.
Menezes precisa fazer é mostrar para a população que, além de compadre de Bolsonaro, e que sabe fazer conchavos para afastar o prefeito de Manaus da mesa do presidente, tem projetos sólidos para o Amazonas.
Por sua vez, David Almeida tem a obrigação de cuidar da pauta de obras, da educação, saúde e dos transportes coletivos, ao invés de se envolver em bate-bocas menores.
O prefeito precisa perceber que Manaus está às traças e esses mosaicos coloridos pintados pela cidade não resolvem as urgências da população. É hora de exercer o mandato, sair do palanque alheio.
O que está sendo visto, nessa famigerada briga dos dois, é tudo que não se espera de homens públicos, um detentor e outro pleiteando função relevante para a vida das pessoas e do estado.
Por fim, a população tem razão quando diz que “político assim já deu”, o que nos faz crer que a tão proclamada “nova política” já nasce com a mesma idade da outra.
Imagem: ¡Stock